O Diretor do Museu de Missal, José Schneiders (Chico Padeiro), durante a homenagem aos pioneiros, trouxe algumas lembranças dos tempos difíceis de chegada em Missal. Ele contou um pouco da história do município como forma de manter os diversos causos vivos na memória de todos.Chico relembra que antes de fazer a mudança (para Missal), os vizinhos diziam: “vão morar no sertão do Paraná, lá tem muitos tigres e é tudo mato”. Relembrou ainda que durante a viagem de mudança, ao atravessar o Rio Uruguay com a balsa, diziam: “Adeus, Rio Grande do Sul”.Lembrou ainda que ao passar pelo Parque Nacional, pelas estradas de chão vermelho com muitos atoladores, e obrigavam os motoristas de caminhão a seguir em comboio para vencer os atoleiros. De passar a noite dormindo embaixo do caminhão em pleno Parque Nacional. “No dia seguinte, ao passar pelo riacho, os caminhões eram puxados com cordas para vencer a subida e os atoleiros”, relata. De acordo com José Schneiders, ao adentrar pelas terras de Missal, passar pelo Rio Ocoí em pleno leito era mais um desafio. “Na chegada em Missal, um sertão fechado e vislumbrante, com revoadas de papagaios, periquitos, tucanos, o cantar do nambu e do xororó, a presença de jacus, cachorros do mato. Ao amanhecer e anoitecer, catetos e muitas cobras, muita chuva e muito barro”, relata.De Costa Oeste